terça-feira, 2 de junho de 2009

Crônica

Ele merecia ter uma chance

Um dia eu estava em um banco, fui sacar dinheiro. Estava retirando o dinheiro quando entraram três caras com revólver, mandando todos para o chão. Eles mandaram que todos entregassem celular, dinheiro, objetos de valor, etc. Na mesma hora que os ladrões falaram “todos para no chão”, corri para um lugar atrás de uma mesa, ninguém me viu.
Como eu era militar sempre andava com um revólver nas costas. Resolvi andar bem devagar em direção à porta da saída para chamar o segurança e desarmar um dos ladrões. Como eram três, ele pegaria um e eu, os outros dois.
Como eu tinha mais experiência nesses casos de assalto, chamei-o sem ninguém desconfiar. No momento em que eu e o segurança do banco fomos desarmar os bandidos, um deles atirou no segurança. Este ladrão estava observando todos os nossos movimentos por um espelho. Na mesma hora em que o bandido atirou no segurança, atirei nos outros dois bandidos que caíram no chão. Só sobraram eu e outro ladrão. Atiramos na mesma hora um no outro.
Eu acertei o coração dele. Ele,acertou a minha nuca. Estava correndo risco muito grande de morte. Os clientes do banco chamaram a ambulância. Levaram-me para o hospital, perdi muito sangue, precisei recompor todo o sangue que tinha perdido.
Meu sangue era um dos mais raros. Só havia uma pessoa com esse sangue que podia doar naquele momento. Um dos ladrões em quem eu tinha atirado.
Eu estava com a minha vida recuperada, mas as vidas dos ladrões todas perdidas. Nunca pensei que eu ia sentir pena de um ladrão. Em um momento, ele quase tirou minha vida e, em outro, ele a salvou.
Fui ao enterro dos ladrões e todos os seus parentes não falaram nada para mim, apenas me olharam com um olhar de tristeza. Mas, não me senti culpado, salvei a vida de várias pessoas que estavam ao meu redor dentro daquele banco.
Até hoje, eu rezo por este ladrão que, por um momento, podia me matar, mas no outro salvou minha vida. Agradeço a Deus pela minha vida, e sempre coloco esta alma em minhas orações. Penso que apesar deste ser humano ter cometido vários erros, ele merecia estar com Deus.

Jorge Paulo - 8° ano / manhã

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