Em classe, lemos dois poemas de diferentes épocas, mas que conversam entre si: Satélite, de Manuel Bandeira e Plenilúnio, de Raimundo Correia. Ambos tratam do mesmo tema e, o de Bandeira deixa explícito o seu diálogo com quem o antecedeu.
Observamos, ainda, que Raimundo Correa, poeta romântico e parnasiano, expressa a idealização da natureza, emprestando-lhes atributos humanos, o que faz parte do ideário literário do Romantismo e do Parnasianismo. Em Satélite, Manuel Bandeira se contrapõe a essa concepção como representante do ideário modernista da literatura brasileira.
Agora, é a vez de vocês: Escolham um ser, objeto ou fenômeno natural e criem dois textos. No primeiro, caracterizem o objeto de maneira realista, sem fantasias; no segundo, deem ao texto um tom sentimentalista e faça uso de figuras de linguagem para caracterizar o objeto escolhido.
Abaixo, os melhores textos produzidos em aula. Boa leitura!
A Dona Branca
A camada de pó divina, bela e misteriosa, deitando-se sobre os artefatos preciosos da nossa memória. Ela estará sempre lá, por toda a eternidade, não importa o quanto você tente livrar-se dela. Quase que majestosamente, ela mergulhará itens em lindas trevas brancas, de maneira quase maternal e protetora, não importando a idade de seu protegido: seja uma foto antiga daquele ente querido, seja um computador de última geração. A dona branca não possui preconceito algum. Seus braços estarão sempre abertos para acobertar a tudo e atiçar os mais sensíveis narizes.
A poeira
A poeira nada mais é que uma camada de pó que se acumula sobre os objetos. É extremamente inútil e sem propósitos, cuja única função clara é causar alergias e trazer mais dores de cabeça aos maníacos por limpeza. Não faz nenhuma diferença no mundo, sequer faria falta se desaparecesse definitivamente.
Isabor M. Quintiere
Azar em quatro patas
Sete anos de azar
Divididos em quatro patas
Difícil é escapar
De tantos gatos e gatas
Animal de fama ruim
Seja de raça ou vira-lata
Se for preto do inicio ao fim
A sua sorte ele mata.
Lucas Soares
Simplesmente gato
Sem mistério, um simples gato
Siamês, angorá ou vira-lata
Bicho de quatro patas
Só mais um bicho de quatro patas
Rabo que balança sem sedução
Incomoda, acha que me chama atenção
Nada, é só um gato
Só mais um gato
No meio de tantos mitos
Finge ter sete vidas
Engana os olhos daqueles
Que acreditam em suas mentiras.
Gato, simplesmente gato.
Maria Alencar Barreto
O mar
Sempre majestoso, espelho azul
Às vezes alto, fundo, imprudente
Às vezes baixo, raso, tranquilamente
Com suas ondas faz todo um espetáculo, de norte ao sul.
Ao cair da noite, se transforma em escuridão
Se mistura com o céu estrelado
Em sintonia, como em uma bela canção
Mar dos apaixonados, mar dos solitários, mar querido.
Mar
Mar, vaso sanitário do mundo
Depósito de lixo, depósito imundo
Sua cor verde-azul é uma mistura salina
visivelmente, só porcaria.
Mar, daqueles que não sabem preservar
Que matam, poluem, destroem
Que simplesmente não se pode confiar
Mar de perigos, mar de mal-educados, mar poluído.
3 comentários:
Regina, você está de parabéns pelo blog. Muito bom mesmo!!!
E o material produzido por seus alunos é bacana demais!!! Eles também estão de parabéns!!!
Adorei esta produção do "Lucas".
bjão
Prof, criei um blogspot também, depois da uma passadinha la!
http://anacatarinna.blogspot.com
Beijos ;*
VALEW Liziane
e parabens pelo blog porofessora, ta muito legal
ah, eu gostei muito da produção do lucas tambem (hasuhsaush)
abração porfessora
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